sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Passeata em defesa dos Royalties do Petróleo do Rio reúne manifestantes em concentração na Candelária!!!

RIO e BRASÍLIA - Sob um sol escaldante e ao som de Furacão 2000, a megamobilização em defesa das receitas do petróleo do estado e de seus municípios começou a tomar forma no início da tarde desta quinta-feira, no início da Avenida Rio Branco, no Centro da cidade, nas cercanias da Igreja da Candelária. Paulo Sérgio Lider Comunitário do PMDB e o Presidente do PRTB Jayson Rodrigues(JOSAFAZINHO) estiveram representando Angra dos Reis no meio da multidão.Também havia mais de 130 empresários concentrados em frente à sede da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), na Avenida Graça Aranha. Todos contra a mudança na distribuição dos royalties.
O presidente da Firjan, Eduardo Eugênio, disse que a passeata "Contra a Injustiça e em Defesa do Rio" é um movimento sem ligações com partidos políticos e que reúne todos os setores da sociedade.
- O Rio de Janeiro está se movimentado para ser a capital da reflexão do Brasil. Esse movimento não tem a ver com partidos políticos, reúne artistas, jornalistas, estudantes e cidadãos. É uma manifestação contra uma intervenção da União no Rio. Nós não podemos ficar indiferentes. A concentração na Candelária tinha até espaço VIP, reservado para autoridades como o governador Sérgio Cabral e prefeitos.
Representantes da Prefeitura de Macaé, considerada a capital do petróleo, vieram em peso e com uma faixa, onde estava escrito "O Meio Ambiente precisa da aplicação dos royalties".

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Levantamento, inédito, foi feito a pedido do GLOBO pela secretaria de Fazenda do Estado e pelo economista José Roberto Afonso mostra que o texto do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) gera um prejuízo de R$ 48,8 bilhões com os royalties aos cofres fluminenses, que já estarão perdendo R$ 64 bilhões pelas regras do ICMS para o petróleo e outros R$ 13 bilhões pelo sistema de rateio do FPE, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A concentração já reúne representantes da sociedade civil, servidores públicos e personagens folclóricos. Usando seu corpo como outdoor, Luiz Amâncio, também conhecido como o "homem do patinete", está entre os manifestantes.
- Venho aqui desde as "Diretas Já" e não poderia deixar de vir agora para lutar pelo nosso petróleo - disse Amâncio.
Com 63 anos, dos quais os últimos 30 percorrendo a cidade sobre patinete, ele e outros manifestantes aproveitaram o evento para pequenas performances. É o caso de um desconhecido, que preferiu não se identificar e estava fantasiado como o personagem The Flash.
Criação internet
Cerca de 10 mil vieram do interior para protestar
Cerca de 10 mil moradores do interior do estado vieram à capital fluminense para participar da grande manifestação nesta quinta-feira em defesa das receitas do petróleo do estado e de seus municípios.
Somente da Região dos Lagos e do Norte Fluminense foram enviados 350 ônibus, 200 dos quais de Macaé e de Campos.
A megamobilização tenta barrar na Câmara a proposta de redivisão das receitas do petróleo aprovada pelo Senado, que amplia para R$ 125,6 bilhões até 2020 as perdas fluminenses com legislações desfavoráveis ao Rio, como as do ICMS sobre petróleo e energia e do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Foi decretado ponto facultativo para servidores do estado e do município do Rio depois das 14h, exceto para serviços essenciais.
O governador do Rio, Sérgio Cabral, vai sair do Palácio Guanabara acompanhado do presidente da Assembléia Legislativa, Paulo Mello; do presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), Riverton Mussi (prefeito de Macaé); e, do presidente da Associação dos Prefeitos, Vicente Guedes (prefeito de Valença).
- Nosso grande objetivo é sensibilizar a presidente Dilma Rousseff a vetar o projeto que reduz os royalties do Estado do Rio e dos 87 municípios fluminenses. Ela teve 60 por cento dos votos no nosso estado e por certo não vai se esquecer disso. Se o veto não acontecer, será um desastre sem precedentes para o Rio - previu Riverton Mussi.
Para a vereadora Aspásia Camargo (PV), o Rio não tem alternativa:
- Caso a proposta venha a ser aprovada, o Rio de Janeiro deveria decretar moratória da dívida - disse.
Caso a proposta venha a ser aprovada, o Rio de Janeiro deveria decretar moratória da dívida
Manifestação contra protesto dos royalties
Na Cinelândia, o grupo Ocupa Rio faz uma manifestação contra o movimento em defesa das receitas dos royalties do petróleo. Com palavras de ordem como "As pessoas não bebem petróleo" e "Justiça é o Rio desigual, onde gente morre em fila de hospital", o grupo está fantasiado com nariz de palhaço e fazendo muito barulho. Eles estão localizados do lado esquerdo do palco principal.
'O que estão fazendo com o Rio é uma covardia'
Empresários do setor de construção civil participam em peso da manifestação no Centro do Rio. Sérgio Kauffmann, presidente do Sindicato das Indústrias de Construção do estado do Rio (Sinduscon). Ele afirma que o setor está unido contra a possibilidade do estado perder os royalties.
- Ibsen Pinheiro (autor da proposta de mudança na distribuição de royalties) e (o senador) Vital do Rego (PMDB-PB) criaram exageros que não correspondem à realidade. O que estão fazendo com o Rio é uma covardia - disse Kauffmann.
Quem também participa do protesto é Sílvio Carvalho, diretor superintendente do Carvalhão (empresa de transportes). Segundo o empresário, que acredita que o Rio de Janeiro não irá perder os recursos dos royalties, o estado ainda precisa de muito investimento em infraestrutura, como a melhora do acesso ao porto.
- Sem os recursos, vamos quebrar uma corrente de crescimento, mas a presidente Dilma não vai permitir. Temos compromissos importantes como a Copa e os Jogos Olímpicos. Hoje o Brasil é o Rio de Janeiro - declarou Carvalho.

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